O ano de 2024 chegou, e, com ele, muitas mudanças devem acontecer. Principalmente no setor da tecnologia e internet no geral, já que muitas empresas sempre divulgam novas mudanças, ações ou serviços.
E dentro deste pacote, o Google, umas das maiores marcas do mundo no segmento, prepara um caminho considerado um tanto quanto radical por parte de alguns especialistas. Isso vai afetar diretamente o usuário e também os anunciantes.
A utilização de “cookies”, ferramenta que movimenta cerca de US$ 600 bilhões por ano em publicidade, vai deixar de existir. Com ela, é possível registrar as atividades das pessoas na internet e as empresas conseguem fazer direcionamentos conforme os próprios interesses. Isso envolve a divulgação de um produto ou serviço, por exemplo.
Esse passo tem sido ensaiado pelo Google há alguns anos. Um teste, agora, será realizado da seguinte maneira: cerca de 1% das pessoas que usam o navegador Chrome não terão mais essa ferramenta disponível.
Para se ter uma ideia do impacto causado, o Chrome é responsável por 65% do tráfego da internet no mundo inteiro. Isso deixa ele três vezes mais popular do que o Safari, por exemplo, considerado o segundo navegador mais usado no planeta.
Por isso que o mercado publicitário está vendo essa decisão com certo pessimismo. Profissionais de marketing alegam que os projetos de software introduzidos para substituir os cookies não são suficientes para resolver o problema como um todo.
Para Anthony Katsur, executivo-chefe do IAB Tech Lab, o setor está longe de ficar preparado. Ele ainda alegou que a empresa deveria dar mais tempo para que esse processo fosse realizado, além de mudar a data. Fazer isso no quarto trimestre poderia gerar grandes prejuízos. “O momento continua ruim. Lançá-lo durante a parte do ano em que há a maior geração de receita é, de forma direta, uma decisão terrível”, diz Katsur.
Só que há um outro lado nessa história. Organizações que defendem os consumidores afirmam que os cookies de terceiros são invasivos em relação à privacidade do usuário. Isso porque é possível fazer um compilado de perfis muito detalhados, que incluem informações confidenciais.
Mas essa não é a primeira empresa a fazer mudanças neste sentido. Firefox, da Mozilla, e Safari, da Apple, já impunham limites no rastreamento de cookies. Agora, após ser adiado tantas vezes, o Google parece firme na decisão de bani-los do seu navegador.
O futuro é incerto. O que se sabe é que as empresas que trabalham com publicidade deverão trabalhar pesado para reverter um cenário que demonstra ser muito desfavorável. Para isso, precisarão contar com funcionários muito capacitados e com equipamentos de ponta, como notebook gamer.