Uso é semelhante ao contactless presentes nos cartões físicos e oferece diversas vantagens
A competitividade entre as grandes empresas de tecnologia favorece o desenvolvimento de novas funcionalidades. Hoje, é possível, por exemplo, realizar compras seguras no exterior utilizando apenas o digital, graças a recursos como o NFC, que pode ser exemplificado pelo sistema Apple Pay.
Embora funcione por aproximação, o sistema NFC não utiliza tecnologias como Wi-Fi e Bluetooth, mas necessita de uma conexão com a internet para completar as transações. No Brasil, a tecnologia ficou mais popular nos últimos anos, com a compatibilidade de máquinas de cartão e a possibilidade de transferência entre dois smartphones.
É importante frisar que, ainda que pareça uma tecnologia exclusiva e inacessível, já é possível encontrá-las de forma fácil, seja em ofertas de smartphone com desconto ou em modelos luxuosos. Veja a seguir como essa tecnologia funciona, suas principais vantagens e algumas aplicações que vão além de simples pagamentos via débito ou crédito no dia a dia.
NFC: o que é e como funciona no celular
A sigla NFC significa Near Field Communication ou, em português, Comunicação de Campo Próximo. Ela foi inventada em meados de 2002, em uma parceria de marcas de tecnologia no Japão. O funcionamento é parecido com o sistema RFID, utilizado em cartões de acesso para hotéis, crachás e chaves digitais, porém mais seguro.
Como principal característica, e como o nome já sugere, o NFC funciona apenas entre dispositivos a curta distância. Isso reduz as possibilidades de interferência de outras frequências sem fio e também que um dispositivo mal intencionado intercepte a comunicação entre o celular e a outra máquina de pagamento.
Para funcionar em um celular, o NFC possui alguns requisitos, que hoje já são comuns na maioria dos aparelhos:
- presença de chip NFC: o celular obrigatoriamente precisa ser fabricado com um chip NFC para que a tecnologia funcione. Modelos fabricados a partir de 2014 passaram a incluir o chip por padrão;
- conexão com internet: transações por aproximação precisam de uma conexão via Wi-Fi ou móvel, realizando a comunicação entre os sistemas digitais;
- compatibilidade da instituição financeira com sistemas digitais: para o NFC funcionar, o usuário deve cadastrar o cartão em uma carteira digital. Nem todas as credoras oferecem o serviço para todas as plataformas, por isso é necessário verificar a disponibilidade do serviço na sua instituição.
Tipos de NFC
Para ser viável de uso no dia a dia, cada tipo de NFC possui uma configuração, que podemos resumir em ativa e passiva. No caso dos smartphones, a comunicação é ativa, já que existe o envio e recebimento de informações simultaneamente.
Um exemplo de NFC passivo é o seu cartão de débito ou crédito, que apenas emite uma frequência de dados para a máquina, bem como cartões de uso em transporte público. Nesse caso, a comunicação é realizada pelo chip magnético que integra os cartões físicos.
Aplicações do NFC para além de pagamentos
O Apple Pay foi um dos primeiros sistemas de pagamento digitais por aproximação a se popularizar entre os usuários de smartphones. Hoje, o serviço permite o pagamento online em apps de compras e serviços, com verificação de digital ou reconhecimento facial.
Mesmo que seu principal uso ainda seja para pagamentos, o NFC pode ser utilizado de outras formas, facilitando a comunicação entre diferentes dispositivos. Quem se lembra do antigo infravermelho? A tecnologia era muito usada entre usuários de celulares em meados dos anos 2000 para transferir arquivos por proximidade.
Conexão com aparelhos de som, vídeo e voz
O bluetooth ainda segue sendo a principal tecnologia utilizada no pareamento de diferentes dispositivos, especialmente de som e imagem. Porém, o NFC permite que a transmissão de dados em outras saídas de mídia seja feita sem o uso de adaptadores e de forma mais segura, com menor interferência.
Compartilhamento de arquivos
Substituindo cabos e uploads tradicionais, o NFC pode enviar e receber arquivos entre dispositivos de forma quase instantânea. Além de imagens, vídeos e áudios, os celulares podem trocar links, mensagens de texto curtas, configurações de Wi-Fi e até mesmo senhas de forma segura.
Ainda que utilizados por um número pequeno de pessoas no Brasil, as tags de rastreamento utilizam o NFC como tecnologia de base para seu funcionamento. Depois de vinculadas a um celular, elas podem ser renomeadas e rastreadas em tempo real.